Saudade

Guardada no coração,
Nasce e cresce no peito.
Desejo imenso de tornar a ver.
Horas passadas no quarto,
Lamentos de dor, até amanhecer.
Lágrimas que rolam.
Ausência sentida em lenta agonia,
Lembranças que afloram,
Ondas que navegam
Cercadas de melancolia.
Noites enluaradas, encantadas.
Teu hino é poesia.
Uma queixa de amor
De quem se despede do dia.
Um gemer de rosas perfumadas.
Por que não vens?
Não sabes que morroAqui só, neste deserto?
Minha vida é tua vida
E, de grande aflição
Está meu coração coberto.
Imersa na tristeza, adeus felicidade!
No céu, não vejo mais beleza.
Em minha volta o sol se esconde.
Clamo, grito e não respondes.
Eu sei que tu não vens.
Então, eu morro de saudade!
Saudade de ti.

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